quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Após quase um mês de ter regressado a Angola...

e desta vez com a Vera também!!... Não como missionária , mas para aproveitar as oportunidades que surgem neste País, e ajudar ao mesmo tempo naquilo que este povo mais tem carência ou seja, na educação. Como em Portugal as coisas não estão muito boas e este ano ela já não concorreu para poder ter colocação como Professora, resolveu vir até cá. E como Deus nos continua a acompanhar e nos vai permitindo usufruir daquilo que lhe pedimos com fé, a Vera conseguiu arranjar emprego como Professora na Escola Portuguesa em Luanda e ainda está a fazer um Part-Time num Banco (uma outra oportunidade que apareceu).

Isto serviu para introduzir o que realmente me motivou a escrever mais umas linhas no Blog...

É que, após quase um mês de termos regressado a Angola, surgiu a oportunidade de junto com a Vera e uns amigos que ela conheceu aqui por Luanda, nos deslocarmos à Missão da Ondjoyetu no Sumbe e Gungo. Foi mesmo o interesse demonstrado pela Mafalda, os dois Ricardos e o Ângelo em conhecer a Missão, que acelerou esta visita que foi, segundo eles próprios disseram, uma experiência e tanto!!... "O dia mais bonito de todos os que já tinham passado em Angola", para onde já se deslocam há alguns anos em trabalho, como consultores de uma firma portuguesa que faz trabalhos para a Sonangol. Jovens com cultura mas também com simplicidade e humildade para poderem sentir ao vivo o fascínio deste povo que apesar de todas as carências, nos recebe como se fôssemos Deuses.
Fomos no sábado para o Sumbe. O Pe. David e os missionários actuais, cederam-nos as instalações da Ondjoyetu (que a Vera ainda não conhecia acabadas!!) para podermos pernoitar.
No Domingo fomos ao Gungo, mais propriamente ao Uquende (que eu já conhecia, e acho um local muito bonito). Na 2ª feira voltámos para Luanda, depois de termos almoçado umas belas lagostas grelhadas, que estavam um espectáculo...

E é por estes momentos especiais, que mais gosto de estar por Angola. São poucos, mas valem por todas as dificuldades com que nos deparamos no dia a dia.
Vale-me a lembrança da Hilária que me encantou e se encantou por mim; dava-me a mão, queria subir para o meu colo, mexer na minha pasta a tiracolo, pedir-me bolachas e "pisava" a farinha (que no caso dela era a terra) como uma adulta, ela coitadinha que devia ter praí 3 ou 4 anos...

A minha Teresa (a menina que eu conheci na Donga e que ajudei com roupa) deve estar perdida por um desses cantos do imenso Gungo, depois que ficou orfã de pai e mãe. Vive com uma irmã, segundo a versão de um Catequista, e como é muito longe dos locais onde normalmente vão os missionários, nunca mais ninguém a viu... Tenho saudades dela. Gostava de a voltar a ver. Pode ser que numa próxima viagem à Missão, pois estou plenamente convencida que ainda lá vou voltar.... se Deus quiser!!...

E até novas notícias... por aqui me fico.

Viana, aos 6 de Novembro de 2008.

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