sexta-feira, 4 de novembro de 2011

E a Vera partiu para o Japão...

Pois é!
No 1º de Agosto lá partiu a Vera para o Japão para mais uma tarefa... desta vez, trabalho. Uma escola internacional em Fukuoka, numa ilha a sul do Japão. Mais uma aventura e experiência, mas ela gosta, valha-nos isso, e depois aqui em Portugal muito dificilmente arranjaria colocação para a área dela.
Como já faz algum tempo que ela foi e só agora estou a atualizar o Blog, posso adiantar que ela está a gostar. Gosta imenso do país, sem confusões, sem receios, tudo muito civilizado. O único senão é o problema da língua, pois só se fala japonês. Nem o inglês tem direitos naquela terra.
Está com imenso trabalho pois é tudo completamente novo. Além de ser mais que um ano de alunos e mais de uma disciplina, salvo erro Biologia, Geologia e Química, tem que preparar tudo em inglês que é a língua que se fala na escola (internacional).
A Vera foi com contrato por 2 anos, vamos ver como vai ser. Os projectos são de não vir a Portugal durante esse tempo, mas antes ir conhecer outros países próximos do local onde está. O que vale é que temos a Internet para estar sempre ligadas. Também há ligação por telefones e até por correios...
Mais novas, irei incluindo posteriormente.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Mais algumas das nossas visitas este verão....

.... nos finais de Junho tivemos, ao mesmo tempo que a Linda e Clarissa, a visita das primas de Águeda. A Clara, a Vânia o Nelson e a Margarida vieram passar o fim de semana de S. João à Foz. Fomos à festa de S.João no Centro Soc. e Rec.da Foz, fomos às tasquinhas do Nadadouro, assistimos à procissão na Lagoa e fomos ainda a Óbidos. Em Julho tivemos a visita do Pe. Simões do Gungo, Angola. É conhecido da Vera, de quando ela foi em missão para o Sumbe. Veio a Portugal fazer umas consultas e visitou-nos por um dia, em que passou aqui nas Caldas. Veio cá almoçar connosco e depois ainda fomos mostrar-lhe S.Martinho e Salir do Porto. A minha cunhada Arminda também veio de férias com a Cátia (empregada) e os netos. Passámos muitos momentos juntos em almoços, passeios e compras,etc... Depois, a Sónia e a Catarina Cruz vieram também um dia cá jantar e relembrar os tempos da missão em Angola com a Vera. Mais tarde veio a Margarida passar um fim de semana curto antes da Vera partir para o seu novo trabalho no Japão, em Fukuoka e por 2 anos. Vai dar aulas numa escola internacional, de Biologia e Química (em inglês). Nesta altura a Vera já partiu (no dia 1 deste mês), já lá se encontra, já falei com ela pelo skype. Anda a tratar de todos os pormenores para o seu alojamento.
Entretanto, espero a visita do Valter e Alina que vêm na próxima semana.
Logo que possível vou anexar umas fotos, que não consigo pôr agora pois a Net não está a funcionar bem.


segunda-feira, 4 de julho de 2011

Em fins de Junho tivemos a visita da Linda e da Clarissa.....

El Salvadorenhas a residir no Canadá. Vieram de visita à Europa, incluindo Portugal. Estiveram cerca de uma semana cá em casa, interrompida por uma ida ao S.João no Porto (que elas adoraram), e fizemos ainda um passeio com elas a Fátima, Batalha, Leiria, Nazaré e Óbidos, além de termos ido à praia e até terem assistido à nossa Procissão da lagoa. Foi giro estar com elas. São simpáticas, e muito
à vontade... Elas falam espanhol, Francês e Inglês pelo que foi fácil entendermo-nos. A Linda veio cá a 1ª vez em 2006 e conhecêmo-la nessa altura. Mais tarde, entre 2007/08 a Vera quando esteve em Boston, na USA, acabou por ir passear ao Canadá e estar na casa delas. Agora, foi a vez d´elas cá virem de férias e por isso as acolhemos uns dias cá em casa. Elas adoraram as minhas sopas e a comida em geral. São "bons garfos"... Gostei delas.
Kissing you girls. Till one day!!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Estatística - Censos - concluída dentro do prazo mas...

... com algumas chatices de última hora, para receber os impressos preenchidos. Há gente que só gosta de complicar, de modo que acabamos por andar atrás das coisas um sem número de vezes, quando tudo se poderia ter preenchido em poucos minutos, mas pronto.... o importante é que consegui acabar dentro do prazo estipulado pelo INE.
Vamos partir para outro que este já terminou!!... o que se seguirá?? Aguardo!!...
Para já estou entretida com a minha horta, o quintal e as minhas plantações. De verdade!!... não são as do "farmville", embora também essas estejam sempre em ação. O tempo dá para tudo, é só ter um pouco de controle.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Estatisticamente trabalhando....

Nestes últimos 2 meses, Março e Abril, estou a trabalhar para o INE na preparação da estatística de alojamentos e pessoas existentes na Foz do Arelho. Inscrevi-me para este trabalho pois não tenho estado a trabalhar (remunerado, claro está....), e fui selecionada juntamente com mais 4 pessoas. Éramos inicialmente 5, mas um acabou por desistir por motivos de saúde, e acabámos por distribuir o trabalho pelos 4 que ficaram. A princípio achei que seria um trabalho giro e interessante pois é uma das coisas que gosto de fazer, escrever, controlar, enumerar, contar, etc.... mas afinal isto é um pouco complicado no que respeita ao contacto com as pessoas, pois a receção é sempre um pouco reservada. As pessoas têm medo de responder, pensando que haja cruzamento de dados, e com as condições do país tão críticas, ainda se torna mais difícil. Mas claro, nada se faz de ânimo leve, seria bom que tudo corresse bem e não tivéssemos que aturar nenhum dissabor. Também se tudo fosse muito fácil, se calhar as coisas não teriam metade do sabor que acabam por ter. As coisas bonitas que também encontrei pelo caminho, ajudaram a salvar as mais desanimadoras e compensaram moralmente algum do trabalho que fiz. Ainda não está completo, mas falta pouco. Espero que os últimos dias não estraguem o que já fiz até aqui... A 24 de Abril o trabalho deverá estar terminado. Estamos os 4 muito empenhados nisso. Vamos ver se conseguimos!...

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Ultimamente, alguns trabalhos.....












Quadro a óleo com as dunas da Namíbia, onde estive em 2010.
Diversas caixas de madeira decoradas, molduras, mealheiros, etc...


sábado, 29 de janeiro de 2011

"Angola, terra prometida" escrito por Ana Sofia Fonseca


Este Natal recebi de presente um livro. Adoro livros, tenho imensos e gosto muito de ler. É uma mania. Gosto de ler bons livros, romances, grandes ideologias e pensamentos, coisas terra a terra, nada de fição...
O livro que recebi chama-se "Angola, terra prometida". Quando o recebi comentei: Mais Angola!!!.. mas a minha filha sabe que Angola é um bichinho e achou que eu devia gostar. Comecei por bisbilhotar a autora, ler as últimas e primeiras páginas onde vem a introdução, o resumo do livro, os agradecimentos, comentários e tal, para ver se algo me seduzia. E foi amor à primeira vista... achei logo que devia gostar, pois falava do tempo de antigamente, que eu trago também (assim como muitos que compõem as histórias deste livro) no coração.
Assim que comecei a ler não mais parei. Todos os dias lia um bocado, sem conseguir desligar-me daquelas histórias, a que me sentia ligada. Já acabei e adorei este livro. Muito bom!!...
A Ana Sofia conseguiu transmitir na perfeição (do que eu conheci pelo menos) a vida em Angola e deixar documentários tão perfeitos, quanto saudosos. Gostei da maneira como está escrito o livro, com frases curtas mas intensas onde tudo está dito de maneira simples mas profunda. As fotos, os locais, a História, tudo divinal... e eu apenas estive em Luanda, e só nos últimos 8 anos antes da independência. Os meus parabéns, por tão belo livro que aconselho a quem de algum modo viveu e não esqeceu a maravilhosa vida que se viveu em Angola (ex-colónia) de Portugal antes da independência.
Para aguçar o apetite, deixo aqui a Introdução que a própria autora escreveu do seu livro:


“Angola, terra prometida” por Ana Sofia Fonseca

Introdução

Uma época é um lugar de (des)encontros. Tem espaço, tempo, gente dentro. Homens e mulheres. Personagens de um mundo que acabou, trazem Angola presa à alma. Cada um tem a sua história, juntas revelam o retrato de um período que ainda é uma noite escura. Desperta amores e ódios, guarda mistérios. É passado que marca presente, porque o mais e o menos pretérito não está inscrito no calendário, mas no interior de cada um.

Este livro é Angola. “Do tempo de antigamente”, quando Portugal era metrópole e esta apenas colónia. Fala dos anos cinquenta , sessenta e setenta – os mais intensos do colonialismo português. Tão festivos quanto violentos, brutais em todos os sentidos. Este livro traz o que faltava contar: a vida privada. Revive o dia-a-dia, episódios, usos e costumes. Modas, cenas de rotina. Está em casa, vai à rua. Caminha pela cidade, viaja pela mata. Este livro mostra a vida que os portugueses deixaram.

Do apogeu ao declínio, uma vertigem incontrolável. A década de cinquenta assiste à ida em massa dos colonos. Os anos sessenta são o epicentro de todas as mudanças: o começo da guerra, a euforia das festas, as nossas leis, o boom económico. Os anos setenta acenam adeus. Meio milhão de pessoas enfiadas na ponte aérea. Embarcam colonos, desembarcam retornados. Rótulo que lhes assenta como roupa demasiado apertada-muitos estavam em África há gerações, nunca tinham pisado Lisboa. Outros, tanto lá semearam vida, que por lá perderam raízes. Portugal não era a terra a que retornavam, mas aquela em que se refugiavam.

Esta é a história da véspera. De todos os dias anteriores, de todos os anos anteriores. Saudade é uma boa palavra, diz tudo. A baía de Luanda, os gelados do Baleizão, as praias de água quente, o cheiro da terra encarnada. O dinheiro, as amizades férreas, os criados de sobra. As mangas maduras, a rádio ousada, o sabonete Lux e o Life Buoy O dia quente de sol, a noite vestida de estrelas. O horizonte a perder de vista. A Cuca gelada, as festas de garagem, os slows. Os caricocos, o liceu, as lagostas, as costureiras de olho na Burda. Apanhar caranguejos, o primeiro amor. Manhãs a caçar elefantes, tardes a ouvir discos. A liberdade e a juventude. Os melhores anos.

Expressão curiosa, quase irónica. Salta da saudade de todos os que fizeram vida em Angola. Pronunciam-na com cuidado, num suspiro. Os melhores anos. Apesar de viverem paredes-meias com a guerra. Rodeados de gente sem acesso ao seu universo, tão perfeito quanto todas as redomas. A sua história é a da cidade do asfalto, fora dela fica a esmagadora maioria da população. É preciso tê-lo em conta, para não esquecer a dura realidade de milhões de pessoas. Para não reduzir Angola a um pedaço da sua verdade.

O mundo era outro. Os mapas e as mentalidades também. A minha geração é a primeira livre de amarras à ditadura e ao seu colonialismo. Cabe-lhe não cair em nostalgias, tão pouco em culpas por expiar. Olhar o passado à luz do seu contexto, sem saudosismos nem tabus. Falar de uma época não é fazer a sua apologia, é assumi-la.

Este é um trabalho jornalístico. Ao longo de dois anos, entrevistei mais de oitenta pessoas, entre Portugal e Angola. Muitas, então, chamadas colonos, algumas assimiladas; e outras, indígenas. Designações há muito abolidas. Foram, quase sempre, conversas longas, ultimadas no decorrer dos meses. Pedi-lhes as memórias, antes que o tempo as apagasse. Deram-me as biografias, os cheiros e as cores. O sal dos dias. São uma amostra da imensa multidão.

Muitos daqueles que deixaram Angola guardam o melhor da vida em fotografias amarelecidas. São angolanos, está-lhes no rosto, só não vê quem não quer. São angolanos de uma Angola que já não existe. De uma época, em que os outros angolanos não tinham nem as mesmas possibilidades, nem as mesmas alegrias. Mas um passado feliz é um grande amor. Como todos, tem muito de vivido e um tanto de sonhado. Assim, se as entrevistas foram ponto de partida e de chegada, pelo caminho somaram-se outras pesquisas. Nos arquivos descobri registos. Na imprensa, os sinais do tempo. Pedaços de uma época. Há gente nestas páginas.

domingo, 23 de janeiro de 2011

E para começo de Novo Ano.....










Fomos cantar as Janeiras...
Já há uns anos (desde que se formou a Comissão para a Construção da Nova Igreja da Foz), que vamos cantar as Janeiras com o fim de angariar dinheiro para a dita construção. É claro que estes últimos 4 anos não tenho feito parte do evento (por estar deslocada, em Luanda), mas este ano voltei a participar no mesmo. É um pouco cansativo e às vezes não apetece nada devido ao imenso frio que passamos, pois vamos sempre cantar à noite e aos fins de semana, mas também são sempre momentos divertidos e bem passados, principalmente quando nos abrem a porta e a maior parte das vezes quando nos oferecem a tradiconal "ginginha"!!... Quando começámos as cantorias, era o Valter que tocava viola e garantia a música. Agora que o Valter já cá não está, o grupo está composto pelo Manel, o Miguel, o João e todos os que podem aparecer para cantar...
Acabamos sempre por nos divertir imenso e angariamos ao mesmo tempo algum dinheiro, e este ano não correu nada mal (mesmo assim com tanta crise!!...)
Haja força e coragem para podermos todos continuar!

Nota: Ahahahah... uma coisa mais!! Resolvi continuar com este Blog em vez de iniciar outro novo. Apenas refiz o título do mesmo que era inicialmente "Belangola" e que agora acrescentei...2006/10 e PT 2011... e vou continuar por este mesmo com todos os meus apontamentos, informações, registos, citações, etc...

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Quero terminar de escrever neste Blog....

......uma vez que já não faz sentido por não me encontrar em Angola, mas sim em Portugal. Fá-lo-ei entretanto, mas vou ainda acrescentar aqui uns apontamentos. Os meus últimos dias do ano 2010 foram passados, primeiro em família no dia de Natal, na minha casa, onde esteve presente o Valter e a Alina que vieram de Bruxelas para estar connosco. No entanto logo a seguir ao Natal, fomos nós (eu, Jó e Vera)para Bruxelas com o Valter e Alina para aí passarmos o Ano 2010/2011 e conhecermos a capital da Europa que é onde o meu filho agora está a trabalhar. Assim, partimos no dia 27 de Dezembro e voltámos a 3 de Janeiro. Gostei muito de Bruxelas apesar dos comentários menos favoráveis que tinha lido na Net. Como não conheço muitas cidades de países europeus, achei Bruxelas muito gira. Com muita neve, muito frio... brrbrrbrr, mas muito grande, enormes prédios e monumentos, enfim muita coisa bonita para ver!!... Uma coisa que me surpreendeu foi a mistura de pessoas de nacionalidades diferentes que ali se vêm, principalmente muçulmanos. Gostei da Feira de Natal com as muitas tendinhas de vários artigos desde as boinas, cachecóis e luvas (que bem eram precisos...) até aos artesanatos e alimentares onde se compra comida para comer em pé e andando, às bebidas (cerveja e vinho quente... hummmm) e às deliciosas especialidades de crepes e wafles com creme de chocolate Nutela que são uma verdadeira tentação... Ai os chocolates que perdição, há tantos, de tantos feitios, cores e sabores, que nem sabemos o que escolher. Gostei muito da praça central rodeada de palácios, e da representação de luz, côr e som sobre o Natal, que ali projectavam à noite sobre um dos palácios. Muito bonito mesmo!! Gostei de andar naqueles jardins cheios de gelo,e de ir junto ao Parlamento Europeu. Gostei muito de visitar o Atomium,uma obra gigantesca construída em 1958 para a Expo58, precisamente no ano em que nasci. Gostei muito de andar de comboio (o que aqui em Portugal nunca faço) e ir visitar Bruges, uma cidade que é Património Mundial. Muito gira... pena que com o frio os barquinhos não estavam a circular através dos imensos canais de água que por ali há. Até lhe chamam a Veneza em miniatura. O fim de Ano foi passado numa das praças de cidade, aquela onde conseguimos chegar, pois com tanta gente a praça central já estava superlotada. Levámos a nossa garrafa de champanhe e abrimos à meia-noite, vimos o fogo de artifício, ouvimos música e entretanto fomos para casa pois estavam constantemente a rebentar bombas que nos assustavam imenso, pelo menos a mim!!... Deviam ser bombas tipo as do carnaval que antigamente se usavam, mas pelos vistos por ali ainda se usam e assustam bastante. Nunca gostei muito dessas brincadeiras, diga-se de passagem.Foi uma semana bem passada, apesar de o Valter estar a trabalhar, mas tínhamos a Alina para andar connosco e depois jantávamos e invariàvelmente almoçávamos todos juntos e passeávamos, conforme o horário dele. O balanço desta viagem é positivo pois graças a Deus correu tudo bem e gostei imenso. Para confirmar o exposto, anexo algumas fotos.

E assim terminou o ano de 2010 e começou o 2011. " Ano Novo, Vida Nova!!..." Veremos se o ditado se confirma.